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7 Dicas para escolher os melhores fundos multimercados para você
Adquirir cotas de fundos de investimentos pode ser uma alternativa bastante interessante para muitos investidores. O primeiro passo para avaliá-la é entender os tipos de fundos do mercado. Existem, por exemplo, os fundos de renda fixa, os imobiliários, os fundos de ações e os multimercados.
Eles se diferenciam, de maneira simples, pela forma de montagem do portfólio. Em muitos destes fundos, a maior parte do capital dos investidores é alocada em ativos que dão nome ao fundo (aplicações da renda fixa, ações, etc). Já os multimercados são aqueles que têm liberdade para seguir estratégias diversas.
Com isso, eles podem fazer um mix de ativos e realizar operações diversas. Quer saber mais sobre eles e descobrir como escolher os melhores fundos multimercados? Então confira 7 dicas!
1. Conhecer as principais estratégias
Como os fundos multimercados não precisam seguir uma porcentagem específica para alocação do capital, é importante que o investidor verifique qual é a estratégia que guia o fundo antes de se tornar cotista. Assim, ele tem mais segurança para investir em algo que se adéqua aos seus objetivos.
Dizer que os fundos desse tipo não precisam cumprir determinadas orientações relacionadas ao portfólio não significa, contudo, que não há controle das ações do gestor. Na verdade, todas as informações sobre a estratégia devem estar estabelecidas no regulamento do fundo.
A transparência é um valor indispensável na relação entre a gestão e os investidores. Então, aproveite para avaliar tal ponto. Confira algumas das estratégias principais dos fundos multimercados:
- balanceada — o fundo tem uma alocação determinada previamente, já identificando os investimentos a serem feitos e as políticas de rebalanceamento. Ele não admite alavancagem;
- dinâmica — há a determinação prévia da estratégia de alocação, mas não dos investimentos. Existe flexibilidade para reagir ao mercado e admite alavancagem;
- macro — a principal técnica utiliza para coordenar os investimentos é a análise do cenário macroeconômico para o médio e longo prazo;
- trading — o foco é em encontrar oportunidades no curto prazo, ou seja, aproveitando a variação no preço dos ativos;
- proteção de capital — o fundo tem o objetivo de proteger o valor principal investido;
- livre — nesse caso, não há comprometimento com estratégias específicas, dando mais liberdade ao gestor.
2. Guiar-se por seu perfil e objetivos
Como você viu, os fundos multimercados são bastante diversificados. Diante disso, fica a dúvida: como escolher o melhor? É importante saber que não existe o fundo ideal para todos os investidores. Logo, o que deve guiar a escolha é o seu perfil.
Por se tratar de uma classe variada, existem fundos que servem aos interesses de todos os perfis de investidores. Ou seja, há aqueles com abordagem mais conservadora, outros moderados e os arrojados — que visam investir em ativos de maior risco.
Além do seu perfil de investidor, é preciso considerar os objetivos. Especialmente em relação aos prazos. Avalie a volatilidade do fundo antes de alocar, por exemplo, recursos que você espera ter no curto ou médio prazo.
3. Identificar os custos
Investir em fundos pode envolver custos um pouco maiores do que realizar seus investimentos por conta própria. Isso porque há uma gestão profissional responsável pelas decisões dos fundos. Então os cotistas devem remunerá-la.
A remuneração se dá pela taxa de administração, cobrada de maneira diferente a depender de cada fundo. Além disso, pode existir também uma taxa de performance. Ela se refere a um valor extra pago ao gestor em casos de resultados positivos acima do esperado.
Existe, ainda, os custos com impostos. O IOF é cobrado para resgates até 30 dias depois da aplicação. Já o Imposto de Renda segue tabela regressiva, mas é recolhido semestralmente por meio do chamado come-cotas.
4. Ponderar os riscos
Não é indicado que nenhum investidor tome uma decisão sem considerar os riscos aos quais está se expondo. Afinal, qualquer investimento tem risco. Para escolher os melhores fundos multimercados, você deve avaliar a relação entre risco e possibilidades de rentabilidade.
Ou seja, é preciso analisar se vale a pena correr um perigo maior — observando se os rendimentos possíveis fazem o risco valer a pena.
Os fundos multimercados têm diferentes perfis de risco. Desde os menos arriscados (com estratégias mais conservadoras) até os de gestão mais agressiva. Na hora de avaliar esse ponto, considere a postura da gestão e também o rating do fundo.
5. Analisar a gestão
Não basta avaliar a postura da gestão em relação ao risco. É importante considerá-la como um todo. Por exemplo, procurando saber se o gestor do fundo apresenta um trabalho de qualidade, se há transparência na relação com os investidores, etc.
Alguns dados podem ser avaliados nas informações compartilhadas sobre o fundo no próprio regulamento. Leia a apresentação dele e os relatórios que estiverem disponíveis.
Além disso, avalie o histórico do fundo. Ainda que a rentabilidade passada não seja garantia de rentabilidade futura, o histórico lhe permite entender as ações do gestor em diferentes momentos da economia.
6. Conhecer a liquidez
Mais um aspecto essencial em um fundo multimercado é a liquidez. Ou seja, a rapidez com que você consegue ter seu dinheiro de volta, caso precise dele. O prazo para devolução da quantia resgatada pode variar muito entre os fundos.
A liquidez geralmente é apresentada na forma de D+X, em que X representa o prazo de resgate. Por exemplo, fundos D+1 são aqueles que prometem a devolução no próximo dia útil depois do pedido. D+30 representa 30 dias e assim por diante.
Pode haver, ainda, um período de carência, no qual os investidores não conseguem pedir o resgate. Normalmente, fundos multimercados não são investimentos indicados para o curto prazo. Como eles negociam ativos de liquidez menor, precisam se organizar em relação aos resgates.
Logo, tenha isso em mente na hora de escolher seu fundo. Do contrário, você corre o risco de precisar do dinheiro em breve e não conseguir resgatá-lo na data desejada.
7. Saber qual é a aplicação mínima
Por fim, os fundos de investimentos têm uma aplicação mínima. Os mais simples podem exigir apenas o valor mínimo de uma cota, enquanto outros estabelecem quantias significativas — indo de R$ 500,00 até aportes iniciais muito mais altos.
Essa é uma das informações relevantes que você deve buscar desde o momento em que desejar investir em fundos multimercados. Imagine a frustração de escolher o melhor fundo multimercado e só depois perceber que não tem capital suficiente para eles?
Ao fazer esta análise você conseguirá avaliar, com clareza, suas opções e decidir de maneira mais tranquila onde investir.
Agora você conhece os 7 pontos indispensáveis para considerar na hora de escolher os melhores fundos multimercados. Coloque nossas dicas em prática e tenha a certeza de fazer escolhas conscientes e se expor a riscos de maneira mais controlada.
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