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Investimentos: fase inicial
Existe um universo paralelo: O mundo dos investimentos. Muitas pessoas têm medo dele, mas não deveriam.
Todos ouvimos nossos pais e avós dizerem que a poupança é o investimento mais seguro, que comprar imóveis é melhor que investir no mercado de capitais, pois o imóvel é seu.
Mas será que o que era mais seguro para eles – num período de inflação altamente oscilante – é aplicável nos dias de hoje?
Eles viveram em uma época em que as coisas mudavam de preço rapidamente, e a inflação era na casa dos dois dífitos. Nesse caso, era melhor comprar imóveis e garantir algum patrimônio antes do dinheiro virar pó.
A poupança também era vantajosa – com a inflação nas alturas, rendia e era altamente atrativa. Porém, todos sabemos que, mesmo com a poupança sendo considerada por muitos como a aplicação mais segura, foi confiscada pelo governo Collor em 1990.
As pessoas têm receio de investir em outros produtos de renda fixa, como CDB, Tesouro Direto e etc. Alguns produtos são tão ou mais seguros que a poupança, inclusive. Mas os discursos de pais e avós plantaram a sementinha do medo de perder dinheiro em outras aplicações, e essa erva daninha precisa ser removida de seus jardins de investimentos.
Felizmente, aos poucos, isso vem mudando. Com a facilidade em obter informações nos dias de hoje, e com a rapidez que elas chegam, estamos aprimorando os conhecimentos e abrindo horizontes.
Se esse é o seu caso, espero que as dicas a seguir te ajudem a definir uma carteira de investimentos mais rentável e segura.
Procure uma corretora:
O melhor lugar para se ter uma carteira de investimentos é através de uma corretora de valores. Os grandes bancos – esses famosos e que temos contas e fazemos nossas transações – não oferecem as melhores oportunidades. Suas taxas são altas e encarecem os investimentos. Nas corretoras, ao contrário, muitas dessas mesmas taxas são isentas. Os bancos têm limitações de produtos porque a maioria das opções são do próprio banco. Os gerentes precisam atingir metas e te oferecem produtos com péssima rentabilidade. Retêm seu dinheiro por períodos longos, com taxas que comem boa parte dele. Seu gerente está pensando no que é melhor para o banco e para ele, você é a última opção na escala de prioridades.
Nas corretoras você contará com um assessor de investimentos que vai te indicar os melhores produtos em renda fixa e renda variável, mercado de ações e etc.
Identifique seu perfil de investidor
Essa é uma etapa muito importante e será a sua bussola de risco. Conhecer seu perfil de investidor ajuda na tomada de decisões. Entender seus limites de risco, retorno e prazo nos investimentos é essencial para que não se tome nenhum susto no mercado financeiro.
Na corretora você responderá a um questionário para identificar seu perfil.
Vejamos quais são:
- Conservador: Teme o risco. Prefere uma rentabilidade menor, mas garantida, que tenha liquidez e segurança.
- Moderado: Já tem alguma experiência com mercado e não se prende a liquidez. Diversifica a carteira com fundos de investimentos e entende os riscos dos produtos que investe.
- Experiente/ Arrojado: Tem mais controle emocional para lidar com as oscilações do mercado variável e já entende o suficiente para montar carteiras com ações e derivativos.
Estude os indexadores e opções de produtos:
Não existe uma fórmula mágica. É preciso estudar. E como se diz no mercado, dinheiro não aceita desaforo. Você pode ter ouvido falar de alguém que ganhou muito dinheiro em investimentos, do dia pra noite, mas não é bem assim que as coisas funcionam. Aprenda sobre os indexadores – o que são, para que servem e de que maneira eles influenciam em seus investimentos. Mesmo que seja uma hora por dia, dedique-se a aprender quais são os produtos oferecidos e quais os riscos. Faça simulações.
Hoje temos facilidades em obter informações. Deixe a preguiça de lado e faça a diferença.
Em outros posts falarei um pouco sobre indexadores e investimentos.
Fique atento.
Defina os objetivos para seus investimentos:
Se você não sabe por que está investindo, na primeira promoção de ofertas, vai tirar o seu dinheiro. Estipule metas de curto, médio e longo prazo para que seu dinheiro possa trabalhar de diversas maneiras pra você.
Sabendo o porquê você quer investir fica muito mais fácil resistir às tentações do dia-a-dia. Tenha clareza sobre seus planos e metas, mantenha o foco e observe a mágica dos juros compostos.
Priorize sua reserva de emergência
Na sua meta de curto prazo a reserva de emergência deve ser prioridade. Ela é que deve ser utilizada no caso de você se deparar com uma grande oportunidade, problemas de saúde, perda de emprego ou qualquer outra emergência.
Espero ter te ajudado nesse começo. O melhor que pode fazer pelo seu futuro é aprender a lidar com o seu dinheiro. Isso vai te ajudar a conquistar objetivos. Você só precisa perder o medo.
Aprenda a buscar ajuda profissional – se for o caso – e comece a investir. Com o tempo verá que não é nenhum bicho de sete cabeças.
Um abraço,
Débora Andrade.
Consultora Financeira.