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Quando vale a pena investir em fundos de ações?
Muitos investidores têm buscado a renda variável ao analisar o cenário de queda dos rendimentos da renda fixa no Brasil. Entretanto, alguns deles não têm experiência com o mercado e não se sentem seguros para montar a carteira sozinhos.
Diante disso, os fundos de investimentos aparecem como uma alternativa, especialmente por se poder contar com gestão profissional. Mas você sabe quando investir em fundos de ações vale a pena?
Nosso objetivo com este post é lhe ajudar a entender mais sobre o assunto e avaliar se a opção atende bem aos seus objetivos e interesses na bolsa de valores. Vamos lá?
O que é fundo de ações?
Começamos pelo básico: saber do que se trata um fundo de ações (FIA). Os fundos de investimentos, como você provavelmente sabe, são uma modalidade coletiva na qual diversos investidores adquirem cotas e, assim, disponibilizam capital para investimentos.
Este capital é administrado pela gestão profissional do fundo, de modo que o gestor é o responsável por escolher onde investir o dinheiro. Consequentemente, os cotistas participam dos lucros (ou prejuízos) das alocações realizadas.
O fundo de ações é apenas um dos tipos de fundos de investimentos. Também existem fundos de renda fixa, fundos imobiliários, fundos multimercados, entre outros. O que diferencia cada um são as regras principais para formação do portfólio.
Assim, um fundo de ações é aquele que precisa alocar a maior parte do seu capital em ações negociadas na bolsa. Também pode haver investimentos em ativos relacionados ao segmento — por exemplo, BDRs, cotas de outros fundos de ações ou de índices, certificados de depósito de ações, etc.
Como eles funcionam?
Apesar de precisarem seguir a regra geral de porcentagem de alocação do capital em ações, cada fundo tem estratégias especificas. Isso significa que o funcionamento dos fundos de ações depende das características de cada um.
Um dos aspectos que mais varia entre os fundos é a rentabilidade. Ela depende diretamente das escolhas da gestão. Logo, vale a pena considerar o histórico do fundo para entender melhor as estratégias definidas e os resultados passados.
Entretanto, lembre-se sempre que rendimentos passados não garantem rendimentos futuros. A análise do histórico, portanto, deve ser apenas para conhecimento geral dos resultados, e não projeções de ganhos futuros.
Outro elemento relevante no funcionamento dos fundos de ações são os custos. O principal é a taxa de administração, usada para remunerar o trabalho do gestor. Além dela, pode ser cobrada uma taxa de performance quando há ganhos superiores ao benchmark estabelecido.
Ainda sobre os custos, fique atento à tributação. O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) incide em cima de resgates feitos antes de 30 dias. Por outro lado, o Imposto de Renda é cobrado sobre a sua rentabilidade — a alíquota é de 15% e incide no momento do resgate.
Quais são os tipos de fundos de ações?
Como você viu, os fundos de ações podem ser muito variados. Eles diferem em relação aos ativos que adquirem, às técnicas utilizadas para análise e às operações que realizam na bolsa.
Uma diferença importante é o tipo de gestão. Alguns fundos de ações podem ter gestão menos ativa, na qual o objetivo é adquirir ações para o longo prazo.Outros, por outro lado, têm gestão mais ativa por parte do gestor. Isto é, realizam operações diversas para buscar rendimentos maiores.
Neste último caso, o gestor faz uma análise mais complexas para encontrar oportunidades no curto prazo, podendo fazer operações de especulação, como venda descoberta e long e short.
Podemos definir alguns tipos de fundos de ações, de acordo com as estratégias adotadas, como:
- fundos de dividendos: o intuito é o de construir uma carteira focada no recebimento de proventos. Assim, o gestor prioriza empresas que são consideradas boas pagadoras de dividendos;
- small caps: a carteira dos fundos desse tipo é focada em empresas de menor capitalização na bolsa e menor liquidez;
- fundos setoriais: o gestor foca em investir em empresas de um mesmo setor ou de setores semelhantes;
- investimentos no exterior: são fundos de ações que visam alocar boa parte do portfólio em ativos estrangeiros;
- livres: nesse caso, há liberdade para adotar estratégias diversificadas. Existe maior autonomia para a gestão.
Quando investir em fundos de ações vale a pena?
Depois de saber o que são e como funcionam os fundos de ações, você está mais bem preparado para avaliar se eles valem a pena. É importante reforçar que a decisão cabe a cada investidor, depois de considerar seu perfil de risco e objetivos.
Os fundos de ações são investimentos da renda variável e, normalmente, estão expostos a maiores riscos. Logo, não costumam ser indicados para investidores conservadores. Por outro lado, quem quer dar os seus primeiros passos na bolsa pode sentir mais segurança com eles.
Além de avaliar seu perfil de investidor, pondere também as vantagens e desvantagens para saber quando investir em fundos de ações. Confira as principais a seguir:
Gestão profissional
A gestão pode ser vista tanto como uma vantagem quanto como desvantagem. Para muitos investidores, vale a pena confiar nos gestores para montar o portfólio do fundo — especialmente aqueles investidores que não têm experiência na bolsa.
Por outro lado, investidores mais experientes podem não se sentir à vontade com o fato de deixarem todas as decisões de alocação para o gestor. Se você prefere escolher as próprias ações com autonomia, deve considerar esse limite.
Diversificação
A oportunidade de diversificação dos investimentos é uma vantagem dos fundos de ações. Isso acontece porque, ao adquirir uma cota do fundo,você estará exposto a uma carteira diversificada — que costuma ser composta por diversos ativos.E isto é possível até para aqueles que não têm muito dinheiro para investir.
Afinal, com o dinheiro que seria usado para investir em uma ou poucas empresas na bolsa, é possível diversificar seu portfólio adquirindo cotas de um fundo. Além disso, vale destacar que, devido ao volume financeiro administrado pelos fundos, eles podem ter acesso a possibilidades de investimento que não costumam ser acessíveis para investidores individuais.
Custos
Os custos, por outro lado, podem ser considerados uma desvantagem em relação aos fundos de ações. Principalmente nos casos em que os fundos não apresentam boas rentabilidades. Nestes casos, os ganhos do investidor acabam se tornando ainda mais limitados – ou nulos – depois das taxas.
Como tomar a melhor decisão
Investir em fundos de ações têm suas vantagens e desvantagens. Estas desvantagens, no entanto, como é o caso da falta de autonomia, dos riscos e dos custos, não invalidam o investimento se ele for realmente de seu interesse.
A orientação para tomar a melhor decisão de investir ou não nos fundos de ações é avaliar seu perfil e objetivos pessoais e ter cuidado ao avaliar o fundo e a gestão para fazer escolhas vantajosas e aumentar as chances de bons resultados.
E então, depois de ler este post você consegue responder quando investir em fundos de ações vale a pena? Esperamos que as informações compartilhadas tenham sido úteis para lhe ajudar a avaliar os investimentos e optar pelos mais adequados ao seu perfil e objetivos.
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